sábado, 28 de abril de 2012

As Cruzadas

1. A sensibilização envolve o trabalho com um filme. A forma mais produtiva para que a obra cinematográfica não sirva como mero entretenimento e passatempo, mas sim como importante instrumento de trabalho, deve ser a orientação dos alunos para o que eles devem buscar nas cenas. Assim, cabe a o professor fazer um pequeno roteiro de acompanhamento do filme para os alunos. Este roteiro pode ser uma serie de questões que os alunos devem buscar a resposta ao assistirem ao filme.

2. Sensibilização dos alunos sobre o Tema com a apresentação do filme ou partes do filme "A Cruzada" (Kingdom of Heaven) de Ridley Scott.


Pequeno roteiro para acompanhamento
  1. Em que século se passa a ação do filme?
  2. Como a religiosidade das pessoas é apresentada? Há superstições em que elas acreditam?
  3. Como eram vistos os cruzados pelas pessoas comuns?
  4. Na época das Cruzadas, como era a locomoção das pessoas entre grandes extensões territoriais? Era uma viajem segura?
  5. Qual a importância de Jerusalém para o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo?
  6. Os cristãos haviam conquistado Jerusalém, mas o exército de Saladino ameaçava tomar a cidade. Você acredita que na vida real era possível um acordo entre os cristão e Saladino? Explique sua resposta.
  7. Você acredita que as Cruzadas se tratavam só de interesses religiosos? Cite uma cena do filme que confirme sua resposta.
  8. Como era a imagem e a importância dos Cavaleiros Templários? Qual a ligação deles com as relações de suserania e vassalagem do período?
  9. As relações entre cristãos e sarracenos eram sempre conflituosas ou havia espaço para diálogos? Havia conflitos internos dentro do grupo de cristãos?
  10. No final do filme, percebemos a superioridade do exército islâmico em comparação ao do Ocidente Cristão. Quais foram os fatores que o filme apresenta para a derrota cristã?


3. Após a sensibilização, o professor deve apresentar o que foram as Cruzada a partir das novas perspectivas sobre o assunto. Mostrar aos alunos que as motivações religiosas das Cruzadas eram tão importantes quanto as motivações econômicas ou políticas. O homem medieval era um homem religioso, isto é, um indivíduo que tinha na religião um aspecto fundamental de sua identidade. A conquista de Jerusalém nunca foi apenas um pretexto para a expansão comercial e agrária da Europa cristã.
Utilizaremos aqui um texto retirado de um livro didático do Profº Gilberto Cotrim:

Cruzadas

A guerra dos cristão

Na Idade Média, não havia uma distinção rígida entre o poder do clero e o dos nobres, entre a esfera religiosas e o mundo político. Isso pode ser percebido tanto no caso da Inquisição como no movimento das Cruzadas.
As Cruzadas foram expedições militares organizadas entre os séculos XI e XIII, por autoridades da Igreja Católica e pelos nobres mais poderosos da Europa. Seu objetivo declarado era libertar os lugares considerados santos que estavam em poder dos muçulmanos, como a região do Santo Sepulcro, em Jerusalém, local de peregrinações cristãs.
O surgimento das Cruzadas também costuma ser explicado por outros motivos, como o hábito guerreiro dos nobres feudais e o interesse econômico em retomar importantes cidades comerciais que haviam sido ocupadas pelos muçulmanos.
A primeira Cruzada foi organizada por nobres cristãos em 1096, atendendo ao apelo do papa Urbano II, feito em 1095 no Concílio de Clermont, para que se iniciasse uma guerra santa contra os muçulmanos. Do ano 1096 a 1270, costuma-se destacar a organização de oito Cruzadas ao Oriente Médio. Além dessas, houve outras expedições populares.

Consequências das Cruzadas

Cada Cruzada teve suas próprias características e resultados. No entanto, podemos esboçar as seguintes consequências gerais do movimento das Cruzadas:
  • empobrecimento de senhores feudais, que tiveram suas economias arrasadas pelos elevados custos das guerras;
  • fortalecimento do poder real, à medida que senhores feudais perdiam sua força;
  • "reabertura", especialmente para os comércios italianos, do mar Mediterrâneo e consequente desenvolvimento do intercâmbio comercial entre Europa e Oriente;
  • ampliação do universo cultural europeu, promovida pelo contato com os povos orientais.
4) Este período da História é um dos mais fáceis de se fazer paralelos com o atual momento da humanidade. Eu recomendo a utilização desse trecho de um texto de Alan Woods extraído da internet:

Os cruzados de George W. Bush

As cruzadas da Idade Média situam-se entre as páginas mais negras da história humana. Não há uma só palavra positiva que se possa dizer a seu respeito. Não, isto é, a menos que se nomeie George W. Bush. Naturalmente, o presidente dos Estados Unidos efetivamente conhece muito pouco da autêntica história das cruzadas, da mesma forma que sabe muito pouco de história em geral, ou qualquer outra coisa no que diz respeito ao assunto.
Vivemos na primeira década do século 21. De muitas maneiras, é um período muito excitante da história da humanidade. A ciência e a tecnologia avançaram a alturas inauditas. Muitos dos mais importantes avanços realizaram-se nos Estados Unidos. E todavia, noutros aspectos, a consciência humana retarda muito em relação aos progressos das forças produtivas, da ciência e da técnica.
Nos Estados Unidos de hoje a maior parte das pessoas acreditam em Deus e que o diabo existe. Milhões estão convencidos de que o primeiro livro da Bíblia, o Gênesis e o restante da Bíblia são literalmente verdadeiros. Exigem que se ensine nas escolas americanas que Deus criou o mundo em seis dias, e que a primeira mulher foi feita de uma costela de Adão. O primeiro americano ao dar uma volta em torno da terra numa espaçonave, quando solicitado a dirigir uma mensagem aos povos do mundo, de toda a literatura mundial escolheu o livro do Gênesis.
A contradição entre o colossal avanço da ciência e o atraso extremo da consciência humana é uma contradição dialética. Em lugar nenhum esta contradição é tão clara quanto na mentalidade da ala direitista do grupelho neo-conservador republicano agora firmemente instalado na Casa Branca. Se pudéssemos abrir a cabeça George Bush e examinar as operações de seu cérebro, lá dentro veríamos todo o entulho, preconceitos e superstições do último milênio.
A mentalidade dessas damas e cavalheiros que se situam na direção do país mais poderoso e avançado do mundo não é fundamentalmente diferente da psicologia primitiva da Idade Média. Eles estão impregnados de religião, em sua mais crua e primitiva forma. Falam sobre o mundo em termos que facilmente poderiam ter sido usados pelos cruzados: "eixo do mal" e assim por diante. Revelam todas as peculiaridades psicológicas dos religiosos fanáticos a exemplo de Osama bin Laden e do Mullah Omar. A única diferença, conforme imediatamente protestarão, é que eles são bons, enquanto aqueles que sustentam pontos de vista contrários são maus - Bin Laden também pensa assim.
Os fanáticos religiosos são sempre potencialmente perigosos, especialmente quando têm armas em suas mãos. E George Bush tem mais armas que os demais. Acaba de matar um montão de gente no Iraque - homens, mulheres e crianças - numa guerra injusta e desnecessária. Nessas ações criminosas, ele recebeu entusiástico apoio de outro fanático religioso: Tony Blair, que recentemente anunciou estar preparado para "encontrar seu Criador" com a consciência limpa após a guerra do Iraque.
De forma semelhante, os cruzados medievais que patinhavam no sangue o faziam com a consciência pura, absolutamente convictos de que executavam o trabalho do Senhor. Moralmente, não há muita coisa a escolher entre os dois, exceto que os cruzados de antanho costumavam executar seu próprio trabalho sujo, enquanto Bush e Blair meramente ordenam que outros o façam.
A religião aqui serve de útil folha de figueira para encobrir os reais objetivos de guerra. Exatamente como o zelo religioso dos cruzados era a cobertura para outros e mais baixos motivos, os propósitos efetivos são mascarados por toda forma de "moral" hipócrita e até mesmo por considerações "humanitárias".
Não é verdade, segundo algumas pessoas têm argumentado, que a guerra ao Iraque seja um "conflito de culturas". Milhões de pessoas no Ocidente ativamente se opuseram à guerra, e ainda o fazem. São naturais aliados do povo iraquiano, não seus inimigos. Por outro lado, seria tolice acreditar que Bush e Blair invadiram o Iraque por causa de suas diferenças acerca de religião. Tinham outras coisas em mente!
Os cruzados foram para a Terra Santa com a cruz em seus estandartes. Mas eles logo se entregaram à tarefa de encher seus bolsos, pilhando cidades, tomando terras e lucrativas rotas comerciais. E nossos cruzados modernos foram para o Iraque vociferando acerca de liberdade, paz e democracia, mas fique-se certo de que prontamente lançaram suas mãos no petróleo. É necessário distinguir entre o irreal e o concreto!
Do ponto de vista moral, pouco há que escolher entre a barbárie da Idade Média e a de nossa própria época. A principal diferença é que o poder destrutivo dos exércitos modernos é infinitamente maior do que o da Idade Média.
É necessário lutar contra o barbarismo, por um mundo novo no qual a loucura e a superstição herdadas da Idade Média - e até de um passado mais remoto - seja para sempre relegado ao montão de lixo da história. O atraso das consciências será superado pela marcha dos acontecimentos - eventos tumultuosos que mexerão com a psicologia das massas e ocasionarão mudanças súbitas e drásticas. Velhas idéias, velhos preconceitos não sobreviverão. O caminho será preparado para uma nova maneira de pensar e agir, valiosa para os autênticos seres humanos.
(texto integral em http://www.marxist.com/george-bush-cruzadas.htm / visto pela última vez em 28/04/2012)
5) A avaliação pode ser feita de várias maneiras, mas devido a "atualidade" do assunto é uma ótima oportunidade para deixar o aluno se expressar de forma livre. Por isso, recomendo uma dissertação sobre o tema, no qual o professor deve buscar verificar se o aluno consegue relacionar os fatos ocorridos nas Cruzadas com suas motivações. O aluno deve se posicionar com relação a questão da tolerância religiosa e com a relação entre as civilizações na Idade Média e na atualidade.

Bibliografia:
COTRIM, G. História Global. Ed. Saraiva. 2011.
História : das sociedades sem Estado às Monarquias Absolutistas, volume 1 / Ronaldo Vainfas ... [et al.]. - São Paulo : Saraiva, 2010.
WOODS, A. George W Bush e as Cruzadas. em http://www.marxist.com/george-bush-cruzadas.htm (acessado pelo última vez em 28/04/2012)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Origem Humana

Esta aula é voltada para os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental.

1. Tema

O tema desta aula é a Origem dos homens.

2. Objetivos

Esta aula tem como objetivos fazer o aluno compreender que a forma como os homens pensaram suas origens é histórica; diferenciar o pensamento religioso e o laico como forma de formulação teórica; e reconhecer a África como lugar de surgimento da humanidade.

3. Estratégias

I. A sensibilização pode ser feita através do uso destas duas imagens:


o professor deve instigar os alunos a procurarem entender o que as duas imagens querem dizer. A primeira se refere a visão criacionista da origem do homem, ou seja, que um ente superior (deus) criou todas as criaturas, incluindo o homem. Na segunda imagem, temos uma representação da evolução do homem segundo a teoria de Charles Darwin.
O professor deve dizer aos alunos que até meados do século XIX, o homem acreditava que sua origem na terra tinha ocorrido a partir da vontade divina. Na tradição ocidental, o livro do Gênesis da Torá judaica e da Bíblia cristã nos conta a forma como isso ocorreu. De acordo com o criacionismo o ser humano não é apenas algo (um corpo vivo), mas alguém (um corpo dotado de alma espiritual), isto porque o homem foi feito a imagem do próprio deus. No criacionismo, o que difere os homens dos outros animais é o fato de ter uma essência espiritual, que se revela no desenvolvimento de características, como a racionalidade, a consciência reflexiva, a linguagem, a imaginação e o senso de moralidade.
Ocorre que em 1859, com o lançamento do livro "A origem das espécies" de Charles Darwin, esse entendimento que o homem teve uma origem divina é substituída pela teoria da evolução. Os homens teriam evoluído de um ancestral comum, e através de um processo de seleção natural, os mais fortes sobreviveram até a evolução da atual espécie humana. A base da teoria darwinista é a adaptabilidade de uma espécie para sobreviver em um determinado ambiente. Só os mais fortes (mais adaptados) sobreviveriam num ambiente hostil, e através de um processo genético, passariam seus atributos para a geração seguinte, até que um processo seletivo desembocasse na transformação de uma espécie à outra.

II. Depois de falar sobre as teorias criacionistas e evolucionistas o professor deve dizer que para saber como eram os primeiros homens e como eles viviam é necessário descobrir vestígios sobre estes homens, os fósseis. Fóssil (do latim fossile, que significa "extraído da terra") é um vestígio de um organismo ou de suas atividades, conservados por milhares de anos. A descoberta de fósseis foi determinante para o entendimento que temos sobre as origens do homem. Os locais onde se encontram fosseis são chamados sítios arqueológicos. O professor pode perguntar aos alunos que objetos eles consideram que os arqueólogos descobriram nestes sítios?

III. Por fim, vamos trabalhar com as diversas espécies que foram antepassadas aos atuais homo sapiens. O professor pode usar esta linha evolutiva:



O professor deve dizer que o processo evolutivo não foi algo linear, mas cheio de possibilidades, com alguns grupos convivendo por algum período de tempo.

IV. Para reforçar a aprendizagem coloque algumas questões para reflexão.

1) O que você entendeu por criacionismo e evolucionismo? Quais são suas diferenças?
2) O que são fósseis?
3) O que o estudo de fósseis nos diz sobre a evolução do homem?

4. Avaliação

As narrativas e as explicações sobre o surgimento do mundo ou do Universo denominam-se cosmogênese ou cosmogonia. Como vimos, segundo a interpretação do cristianismo, tudo seria criação de deus (criacionismo). Reúna-se em grupo para realizar as seguintes atividades:
  • pesquisar as cosmogonias de algumas culturas, como povos indígenas, africanos, muçulmanos, judeus e hindus;
  • comparar as diversas cosmogonias, observando semelhanças e diferenças entre elas;
  • elaborar um relatório com as conclusões do grupo.
referencias:
BRAICK, P. R. e MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio vol.1 das origens da humanidade à reforma religiosa na Europa. Ed. Moderna. 2011.
COTRIM, G. História Global. Ed. Saraiva. 2011.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Tempo

Esta aula pode ser usada para todas as turmas em qualquer série, mas em especial para os alunos do 6º ano do ensino fundamental e 1ª ano do ensino médio.

1. Tema

O tema desta aula é o tempo, suas diferentes percepções e medições

2. Objetivos

O objetivo é reconhecer as diferentes formas histórico-sociais de marcação do tempo.

3. Estratégias

I. Começaremos a aula com uma sensibilização dos alunos perante o tema. Devemos perguntá-los como eles fazem para marcar seu próprio tempo. Qual a hora de acordar, a hora de tomar banho, de se alimentar, de ir a escola, de brincar e de dormir. O professor pode fazer desta sensibilização um exercício no qual os alunos escrevem estas respostas no caderno, ou uma roda, perguntando a alguns alunos que respondem para a sala inteira.

II. Após a sensibilização, o professor deverá dizer aos alunos que a forma na qual eles demarcaram os seus próprios tempos não é algo que ocorreu sempre na história. Cada sociedade teve uma forma diferente de perceber o tempo. As duas maiores diferenças ocorrem com a demarcação natural do tempo e a demarcação industrial do tempo.
O professor deve dizer que nem sempre existiu o relógio, e que nestas sociedades, em que a maioria das pessoas viviam no campo, era muito comum que as pessoas percebessem a passagem do tempo conforme os ciclos naturais. Assim, eles marcavam o tempo como a alternância entre o dia e a noite, as diferentes fases da lua (que alteram a fluidez dos rios e mares), a posição dos objetos celestes, a posição do sol, o tempo de chuva e de seca, o frio e o calor, a época de se plantar e se colher. Conforme as sociedades foram se tornando mais complexas, estas marcações do tempo foram sendo registradas e assim surgiram as primeiras formas de se marcar o tempo, como relógios e calendários. O professor deve lembrar que cada povo criou seu próprio sistema de marcação, mas que em sua maioria, leva em conta a movimentação dos astros, em especial o sol e a lua, para marcarem o tempo.
Depois, o professor deve lembrar aos aluno que nas sociedades contemporâneas, o tempo passou a ser cronometrado, a partir das necessidades econômicas, principalmente após a revolução industrial. Nas sociedades industriais, os trabalhadores ganham seus salários por hora trabalhada, e o tempo de trabalho não é determinado pelas variações da natureza, mas pelas necessidades das empresas. Assim, a marcação do tempo se concentrou no tempo marcado pelo relógio, um objeto que surgiu na antiguidade, e se espalhou por vários povos e culturas diferentes. No Ocidente, os primeiros relógios foram instalados nas torres das igrejas, nos monumentos de praças, nos edifícios públicos. Esse tempo do relógio foi cada vez mais regendo a vida das pessoas, e o professor deve dizer que é por isso que os alunos marcaram seus tempos assim.

III. A aula agora vai se voltar para uma organização mais estruturada do tempo, os calendários. Os calendários derivam da palavra latina calendarium, que era o livro de contas no qual constavam os juros dos empréstimos, pagos nas calendae, que correspondiam ao primeiro dia dos meses romanos.
O professor pode perguntar aos alunos quando eles acreditam que começou a História. Após esta sondagem, pode-se relembrar que isto é relativo a cada cultura. Diferentes povos demarcam o começo de sua história a partir de marcos importantes as suas culturas. O professor pode colocar o seguinte esquema na lousa para registro dos alunos:

Os Principais calendários utilizados.



  • Os judeus datam a história a partir da criação do mundo descrita na Torá, que teria ocorrido há mais de 5700 anos atrás. O calendário judaico é lunar, ou seja, são os ciclos da lua que marcam a contagem dos dias dos meses. Cada ano pode ter doze meses, e alguns são bissextos, e por isso tem treze meses. Os meses também variam na quantidade de dias que possuem a cada ano. No calendário judaico, o dia começa e termina ao pôr do sol. Este calendário é oficial no Estado de Israel, apesar da maior parte da população só utilizá-lo para rememorar datas festivas.
  • O calendário cristão (também conhecido como gregoriano) tem como divisor o nascimento de Jesus. Assim, os anos que ocorreram antes do nascimento são chamados antes de Cristo e abreviado com a.C., e após o nascimento de Jesus são chamados depois de Cristo e marcados com as letras d.C. Os anos tem doze meses, com cada um variando entre 30 e 31 dias, a cada quatro anos um dia é acrescentado ao mês de fevereiro, que tem 28 dias regulares e 29 em anos bissextos.
  • O calendário muçulmano data a história da formação do islamismo, a partir da Hégira, evento que marca a fuga de Maomé de Meca para Medina. O calendário muçulmano é integralmente lunar. Os números de dias nos meses são intercalados entre 30 e 29 dias a menos do último, o 12º que pode possuir 29 ou 30 dependendo de uma série que se alterna entre 19 e 11 anos. O cálculo do calendário é feito de tal forma que completa 360 lunações em 10631 dias.
  • Na China, após a revolução comunista foi adotado o calendário gregoriano ao país, mas existe um calendário festivo que é lunissolar, ou seja, considera o ciclo da lua e do sol. O ciclo lunar é formado por 354 dia, para não perder a sincronia com o ciclo solar (de 365,25 dias), a cada oito anos são acrescentados noventa dias ao calendário.


O professor deve lembrar que outros povos criaram outras marcações de tempo, e que isto pode se aprofundado ao se estudar suas histórias. Deve também dizer que no Brasil adota-se o calendário cristão.

IV. Agora os alunos devem aprender a calcular a passagem do tempo. Esta parte pode ser trabalhado em conjunto com a professora de matemática das turmas de ensino fundamental II. O professor deve lembrar que o calendário cristão é o utilizado, pois os historiadores ocidentais sofreram sua influência. Aqui os alunos deverão dominar conceitos matemáticos simples para prosseguir na aprendizagem. O professor deve estar assegurado que os alunos conheçam os números romanos, ou então ele deve assegurar esta aprendizagem, uma vez que a marcação se faz por estes algarismo. Então, se deve dar alguns exemplos de como se calcula o século de um determinado ano, considerando as centenas e milhar nos anos que terminam em 00, e fazendo-se a soma de uma unidade para os anos que não terminem em 00, exemplo:

1600 d.C. - ano terminado em 00 - 1600 - 16, ou seja século XVI d.C.
1349 d.C. - ano terminado em 49 - 1349 - 13 + 1=14, ou seja século XIV d.C.
347 a.C. - ano terminado em 47 - 347 - 3+1=4, ou seja, século IV a.C.
200 a.C. - ano terminado em 00 - 200 - 2, ou seja, século II a.C.

Agora o professor deve propor um exercício aos alunos, para que eles treinem:

Calcule o século dos seguintes anos:

a) 1289 d.C.
b) 2276 d.C.
c) 2300 a.C.
d) 322 a.C.
e)300 d.C
f)22 a.C.
g)2001 d.C.
h)890 a.C.
i) 1009 a.C.
j) 1200 d.C. 

Agora eles devem aprender a calcular quanto tempo se passou entre uma data e outra. Conforme a turma pode-se exigir um maior grau de dificuldade acrescentando-se dias e meses, mas o central é aprender a calcular os anos. O professor deve dar alguns exemplos, principalmente envolvendo períodos entre a transição de antes de depois de cristo, no qual há maior dificuldade. Exemplos:

quando for em eras diferentes ( de antes para depois de cristo)
quanto anos se passaram desde o fim das guerras medicas em 479 a.C. - 2012 + 479 = 2491 anos - aqui há que se somar

quando for na mesma era (antes ou depois de cristo)
quanto anos se passaram desde a declaração de independência do Brasil em 1822 d.C. - 2012-1822= 190 aqui há que se subtrair

O professor pode sugerir mais exercícios.

Calcule a quantidade de anos:

a) Entre o inicio do reinado de Tutancâmon em 1314 a.C. e sua morte em 1324 a.C.
b) Do reinado de Jaime II da Inglaterra entre 06/02/1685 e 11/12/1688 d.C.
c) Do Império Romano entre 27 a.C. a 476 d.C.
d) Entre a chegada do homem à lua em 20/07/1969 e hoje
e) Da primeira Copa do Mundo de Futebol em 1930 até a última que ocorreu.

V. Por último, falaremos sobre as convenções do tempo utilizadas. O professor pode utilizar do seguinte esquema no quadro negro:

Biênio - período de 2 anos
Quinquênio - período de 5 anos
Década - período de 10 anos
Século - período de 100 anos, formado por 10 décadas
Milênio - período de 1.000 anos, formado por 10 séculos

Além dessa marcações básicas, o professor deve lembrar de algumas outras como geração, que é um espaço de tempo variável, na qual um grupo de homens adultos tomam o controle social sobre outro grupo de homens, disseminando sua cultura e mentalidade. O conceito de era, que é um longo período de tempo no qual persiste um determinado fator social, se pode citar que vivemos na era cristão, ou na era da informação, ou que já houve uma era industrial, uma era de revoluções, etc.
Por fim, o professor deve lembrar aos alunos que a História que eles estudam tem como base uma periodização do tempo elaborada por historiadores europeus que davam maior importância às fontes escritas e aos fatos políticos europeus. Por isso, chamamos esta periodização de tradicional. Nela chamaram de Pré-História todo o período anterior à invenção da escrita. E estabeleceram como marcos divisórios das "idades" de uma possível história universal os acontecimentos ocorridos na Europa ou a ela relacionados.

Os períodos clássicos são:

Pré-História - do surgimento do ser humano até o aparecimento da escrita (c.4000 a.C.);
Idade Antiga - do aparecimento da escrita até a queda do Império Romano do Ocidente (476d.C.)
Idade Média - da queda do Império Romano do Ocidente até a tomada de Constantinopla pelos turcos (1492 d.C.)
Idade Moderna - da tomada de Constantinopla até a queda da Bastilha durante a Revolução Francesa (1789 d.C.)
Idade Contemporânea - da Revolução Francesa aos dias atuais.

O professor pode complementar dizendo que também há uma divisão clássica da história do Brasil dividida em três partes: Período Colonial, Período Imperial, e Período Republicano.
Também deve ponderar sobre as diversas criticas possíveis a serem feitas por estas periodizações.

IV. Avaliação

A avaliação tem como base a música "Tempo" de Arnaldo Antunes:

Escute a música e então responda:




Tempo

Arnaldo Antunes

será que a cabeça 
tem o mesmo tempo que a mão?
o tempo do pensamento, 
o tempo da ação

será que o teto tem o mesmo tempo que o chão?
o tempo de decompor…
o tempo de decomposição

será que o filho 
tem o mesmo tempo que o pai?

o tempo do nascimento, 
crescimento, envelhecimento, 
um momento
um momento

o homem pensa que faz
a guerra, a paz
enquanto o homem pensa
o tempo se faz
o homem pensa que é
alegre, triste
enquanto o tempo passa
o homem assiste
como matar o tempo
como matar o tempo…




1) O que artista quis dizer com ''será que a cabeça tem o mesmo tempo que a mão?"?

2) O artista fala sobre o "tempo do nascimento, crescimento e envelhecimento", como você acredita que era demarcado este tempo na antiguidade e como esse tempo é demarcado hoje em dia?


Referencias:
BRAICK, P.R. e MOTA, M.B., História: das cavernas ao terceiro milênio vol1. Das origens da humanidade à reforma religiosa na Europa. Ed. Moderna. 2011
COTRIM, G. História Global vol1. Ed. Saraiva. 2011

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Introdução aos estudos históricos

Esta aula pode ser trabalhada com todos os alunos de qualquer série, mas especialmente para os alunos do 6º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio.

1. Tema

O tema da aula é a introdução aos estudos históricos.

2. Objetivos

Esta aula tem como objetivos desenvolver nos alunos a compreensão de conceitos fundamentais para a aprendizagem de história, principalmente o conceito de História como ciência; a importância das fontes, e os seus diversos tipos; as limitações dos historiadores na produção histórica; e por último, os conceitos de anterioridade, posterioridade, simultaneidade, mudança e permanência.

3. Estratégias

I. Primeiramente faz-se um levantamento com os alunos perguntando-lhes o que entendem por História. Após escutar a opinião de alguns alunos, o professor deve orientá-los que a palavra História é polissêmica, ou seja, tem vários significados, entre eles:

a) ficção: os livros de aventura, as novelas de televisão ou os filmes de cinema contam histórias muitas vezes inventadas para despertar nossa atenção sobre determinado assunto, fazer-nos refletir ou simplesmente para nosso entretenimento. Essas histórias criadas a partir da imaginação humana, com seus lugares e personagens, são chamadas também ficção. Muitas vezes, as obras de ficção são inspiradas no conhecimento de épocas passadas, como acontece em filmes e romances de época.

b) processo vivido: as lutas e os sonhos, as alegrias e as tristezas de uma pessoa ou de um grupo social fazem parte de sua história, de suas vivências. Assim, o conjunto dos acontecimentos e das experiências que ocorrem no dia a dia, tanto de uma pessoa quanto de um grupo, pode ser chamado de história vivida. Essa história integra a memória (recordações) das pessoas que a viveram.

c) área de conhecimento: a produção de um conhecimento que procura entender como os seres humanos viveram e se organizaram desde o passado mais remoto até os dias atuais constitui uma área de investigação ou disciplina chamada História. Nesse sentido, História constitui um saber preocupado em desvendar e compreender as condições históricas (historicidade) das vivências humanas, ou seja, em tratar essas vivências como expressão da época em que elas ocorreram.

II. Agora indaga-se aos alunos como é possível investigar o que já ocorreu. Deve-se explicar o que é um documento histórico, e suas diversas formas, se pode colocar na lousa para registro o seguinte registro:

O que chamamos de documentos, fontes ou evidências históricas não é necessariamente produzido pelos indivíduos com o objetivo de deixar testemunhos para aqueles que viverão no futuro. São os pesquisadores, ao estudarem determinado documento, que atribuem um sentido a esses documentos. Cada pesquisador elege, baseado em estudos, experiência pessoal e objetivo de trabalho, um conjunto de critérios científicos para definir a relevância e o sentido do material histórico que tem em mão. Dessa maneira, o presente influencia o modo como vemos e entendemos o passado do homem.
Existem diferentes tipos de documentos históricos, podemos dividi-los em três categorias:
  • documentos escritos: registros em forma de inscrições, cartas, letras de canções, livros, jornais, revistas, documentos públicos ou particulares, entre outros;
  • documentos não escritos: registros da atividade humana, como vestimenta, armas, utensílios, pinturas, esculturas, construções, músicas, filmes, fotografias, etc.
  • documento oral: depoimento de pessoas sobre os aspectos da vida social e individual, de uma determinada época ou acontecimento no qual a pessoa que depõe tenha tido contato.
Os alunos devem ser lembrados que estes documentos podem ser encontrados em diversos locais, mas que desde o fim do século XIX, com o desenvolvimento da História como disciplina acadêmica foram construídas instalações próprias para preservar estes rastros do passado, como museus, arquivos público, e a instituição de órgãos de preservação de determinado ambiente ou prática social, como o IPHAN. Pode-se completar esta informação que o IPHAN é responsável pelo tombamento de legados culturais no Brasil, e que pelo mundo há a UNESCO, que visa preservar legados da cultura humana. A palavra tombamento, tem origem portuguesa e significa fazer um registro do patrimônio de alguém em livros específicos num órgão de Estado que cumpre tal função. Ou seja, utilizamos a palavra no sentido de registrar algo que é de valor para uma comunidade protegendo-o por meio de legislação específica.

O professor deve dizer que estas fontes não retratam a realidade de uma determinada época, mas sim um recorte do que ocorreu no passado. A pessoa por fazer este recorte é o historiador, ou seja, o profissional responsável pela produção do conhecimento histórico. Este historiados como um homem do tempo em que ele vive é influenciado pelo seu presente, e por isso, a seleção de documentos para a montagem da história que escreve é condicionada por suas crenças e convicções. Dessa forma, a pesar da história ser uma ciência que busca a objetividade, ela não é algo absoluto. É por isso que reescreve-se continuamente a história, pois esta é o produto de uma época também.

III. Por último, vamos trabalhar com os alunos alguns conceitos de temporização. Para isso existem várias atividades que se pode trabalhar.

a) Um atividade em grupo é dividir os alunos em 3 ou 4 grupos. A cada um dos grupos é pedido para na próxima aula trazer algum tipo de documento da época de seus pais. Um grupo pode trazer cartas da época de juventude dos pais ou avós. Um outro grupo fica responsável por trazer fotos. O terceiro deve trazer músicas que seus parentes gostavam. O último pode fazer uma pesquisa sobre programas de televisão ou filmes da época dos pais. A partir da apresentação dos documentos pelos grupos, o professor deve confrontar os documentos com objetos dos próprios alunos e tentar demonstrar as transformações que ocorreram ao longo do período (infância/ juventude dos pais/filhos).

b) Uma outra atividade a ser proposta pode ser a análise da seguinte charge:

(Angeli, Andes e Depois)

O professor pode pedir para os alunos levantarem diversos pontos comuns e diferentes nas duas imagens que compõem o cartum.


Após realizar uma ou ambas atividades, o professor pode apresentar  ou pedir aos alunos que eles elaborem a definição das seguintes noções:

a) Anterioridade: época anterior, que se passou antes de outro evento.
b) Posterioridade: época posterior, que ocorreu depois de um outro evento.
c) Simultaneidade: Eventos que ocorrem de forma concomitante, ou seja, ao mesmo tempo, não implicando que um influi no outro.
d) Mudança: Aquilo que deixou de ser o mesmo, algo que já não é igual, semelhante, podendo ser um mesmo objeto, mas essencialmente diferente do que já foi.
e) Permanência: Algo que continua da mesma forma, que não mudou, não sendo necessariamente a mesma coisa, mas essencialmente parecido.

4. Avaliação

Peça para os alunos responder a seguinte exercício:

Com base no que aprendemos nesta aula, responda ao que se pede:

(Ambrogio Lorenzetti. A vida no campo. Os efeitos do bom governo no campo (c. 1337-1340))


(Reuters. Trabalhadores Rurais no Rio Grande do Sul, 2011)

1) As duas imagens acima representam que tipo de fonte histórica?
2) Qual das duas imagens ocorreu antes?
3) O que de semelhante em ambas imagens?
4) Quais são as diferenças?
5) Você sabe dizer que época essa imagens retratam? (essa pergunta é opcional, não deve valer a nota)

Referencias:
BRAICK, P. R. e MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio vol.1 Das Origens da humanidade à Reforma Religiosa na Europa. Ed. Moderna. 2011.
Cotrim, G. História Global: Brasil e Geral vol.1 Ed. Saraiva. 2011.
CERQUEIRA, C. PONTES, M.A., SANTIAGO, P. Por dentro da História vol. 1. Ed. Escala 2011.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Como elaborar um plano de aula

Aqui vai um pequeno passo-a-passo de como planejar uma boa aula. O planejamento é fundamental para o sucesso de uma aula, então sempre antes de entrar numa sala é importante saber exatamente o que se vai fazer.

1º Passo: Definir o tema.

O ponto de partida é o tema da aula. A escolha do tema de aula terá de ser de acordo com o conteúdo dos planos de unidade didática das turmas.
Por exemplo, no 6º ano do Ensino Fundamental, poderemos trabalhar a "Chegada do Homem à América", ou "A Formação das primeiras civilizações". Já no 7º ano pode-se trabalhar: "A formação das 13 colonias inglesas na América" ou "O uso de trabalho compulsório na América Colonial".

2º Passo: Definir o objetivo.

Definir as competências e habilidades a serem desenvolvidas nos alunos. As principais habilidades a serem desenvolvidas são: identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar.
As habilidades devem ser usadas para trabalhar as competências. Como exemplo poderíamos ter como objetivo numa aula para o 6º ano do Ensino Fundamental sobre "A importância dos calendários para o estudo de História" o reconhecimento dos acontecimentos históricos em sua temporalidade, as relações entre anterioridade e posterioridade, ou o reconhecimento que das diferentes formas histórico-sociais de marcação de tempo.

3º Passo: Pesquisar

A ideia para uma aula, no caso de História, poderá surgir através de uma música ouvida no rádio, de uma frase  de um anúncio publicitário, da cena de um filme, de um jornal ou uma revista folheada ao acaso.
Um ótimo exemplo é utilizar-se de um evento conhecido pelos alunos, como o futebol. Pode-se começar uma aula falando sobre o resultados dos jogos da Taça Libertadores da América e, então, indagar "mas quem foram estes libertadores da América?". A partir dai pode-se criar uma ponte para discutir o processo de emancipação das colonias americanas no século XIX.
O professor deve, na medida do possível, construir o seu próprio material de pesquisa, com recortes de jornais e revistas, livros, vídeos e outros.

4º Passo: Criar estratégias

A definição da estratégia está relacionada com a idade e com o desenvolvimento psicossocial dos alunos. Há que ter em conta a maneira como os alunos poderão interpretar o tema, o modo como o tema os poderá afetar e o tipo de atividade que lhes poderá interessar.

- Motivação

Todas as atividades precisam de uma motivação. Motivar é criar interesse pelo tema e vontade de saber mais sobre ele. É necessário que haja motivação desde o início até ao fim da aula. Quando nos apercebemos que o ritmo da aula já se alterou e que o interesse dos alunos pela mesma está perdendo-se, urge encontrar nova motivação que os incentive a ter novo interesse pela aula e gosto pela matéria lecionada.
A motivação pode estar ligada à percepção da utilidade do assunto, à possibilidade de aplicação prática na vida, ao reconhecimento dos resultados e ao interesse real e envolvimento emocional do professor. O reforço positivo de comportamentos dos alunos é, também, altamente motivador.

- Desenvolvimento

Através de uma dinâmica de grupo, solução de algum quebra-cabeça, ou algum jogo, entre outras hipóteses, estabelecer um diálogo e discutir sobre as questões relacionadas com o tema, visando alcançar sempre os objetivos estabelecidos. Não se pode durante uma aula sobre "O Império Romano", sobre como os imperadores organizavam lutas entre gladiadores, se o objetivo da aula era entender o conceito de império, por exemplo.

- Avaliação

Criar uma atividade recreativa, de preferência interativa, como a criação de frases, textos, exercícios de compreensão no qual os alunos possam, de alguma forma, aplicar os seus conhecimentos, recapitular os conteúdos apreendidos e, finalmente, sintetizar o que foi concluído em relação à matéria. A avaliação dos alunos deve ser constante e diária, o processo de aprendizagem não acontece do dia para a noite, e organizar somente uma avaliação ao final do bimestre pode trazer surpresas desagradáveis ao professor.

5º Passo: Avaliar resultados

É fundamental que o professor, após uma aula, avalie o seu próprio desempenho, tendo em conta os seguintes aspectos: Criatividade, intuição, motivação, interesse, clarividência, confiança, segurança ou, por outro lado, confusão, insegurança, desmotivação, desinteresse, rigidez etc.
No âmbito desta auto–avaliação, o professor deve ainda perguntar-se se soube explorar pontos interessantes e relevantes para a discussão levada a cabo em aula. Se a aula perdeu ritmo e se tornou monótona por alguma razão e o que deveria ter feito para que tal não acontecesse; se houve momentos em que se afastou demasiado do seu objetivo e se, em função disso, a aula foi prejudicada. 
Pode-se fazer uma tabela de acompanhamento, para que esta avaliação não se perca na próxima vez em que o professor for aplicar a mesma aula. Assim, a cada ano que passa, e a cada turma em que aplica esta aula, o resultado tenderá a ser melhor do que da primeira vez em que tentou.